quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Policiais federais farão greve de 72 horas

Policiais federais em todo o País farão uma greve de 72 horas, com paralisação de suas atividades, entre os dias 23 e 25, informa a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) em nota distribuída à imprensa. O movimento será iniciado no final desta terça-feira, dia 22, com atos públicos de protesto em frente às unidades da PF.
Os policiais federais reclamam que o governo federal não cumpriu o acordo assinado no final da greve de 2012, que inclui a modernização da carreira na PF e o reconhecimento das atividades realizadas por todos servidores, ainda regidos por leis da época da ditadura militar.
"O estopim da greve é a recente Medida Provisória 657, que atropelou o longo período de negociações entre a Fenapef e o governo, ignorou as dezenas de propostas de modernização e beneficiou somente o cargo de delegado, criando uma espécie de concurso para chefe no serviço público federal", diz a nota. "Nos corredores da PF, a Medida Provisória é chamada de 'MP da Chantagem'. O motivo é a sua publicação na semana em que ocorreram os vazamentos do escândalo da Petrobras. A MP não reconhece os demais policiais, investigadores ou peritos, como autoridades competentes", acrescenta.
Conforme o presidente da Fenapef, Jones Borges Leal, afirma na nota, a MP 657, em vez de reconhecer os avanços da PF dos últimos anos, volta no tempo para criar um cargo político dentro da polícia, tornando o órgão mais dividido e burocrático. "Estão recriando a polícia fascista da ditadura militar, que não funciona, mas é fácil de controlar pelas indicações dos cargos de chefia", diz.
Fonte-brasilnoticia

Lula e Dilma reúnem mais de 50 mil pessoas em Recife


Em campanha por Pernambuco, a Presidenta Dilma Rousseff foi a Goiana, onde visitou obras da fábrica da Fiat/Chrysler, que passou a ser construída após o Presidente Lula, em 2010, assinar uma medida provisória, que concedeu incentivos fiscais para a companhia italiana até 2020. À época, o governador era o então aliado do PT Eduardo Campos (PSB), falecido este ano em acidente de avião.
Na cidade, enquanto Lula puxou o coro de “quem não pula é tucano”, a candidata à reeleição afirmou enfrentar a eleição presidencial mais difícil dos últimos anos. Ao lado de Lula, ela pediu para “não deixar o país ir para trás”. “Eles (os adversários) vestiram pele de cordeiro, que esconde as suas intenções. Eles olham para os mais pobres e não veem neles cidadãos brasileiros. Tem dois projetos disputando essas eleições. Um dos projetos (PSDB) representa os interesses de só um terço do Brasil”, discursou a petista nesta terça-feira (21).
Antes, ambos foram recepcionados por 30 mil pessoas em Petrolina (cidade de Fernando Bezerra, ex-ministro do governo Dilma e eleito senador pelo PSB), onde a ponte que liga a cidade a Juazeiro (BA), foi tomada por uma multidão vermelha. Lá, Dilma destacou que os governos do PT mudaram a realidade do semi-árido e enfrentaram a seca.
“Nós fomos capazes de enfrentar a seca e conviver com a seca. Nós sabemos que a seca vem e temos que estar preparados para ela. O estado mais rico do Brasil, o estado de São Paulo, não se preparou para a seca. O Nordeste se preparou e diante da maior seca, nós temos condições de viver aqui e não ficar catando pingo de água por aí. As milhões de cisternas são uma benção que construímos”, disse.

Já em Recife, no começo da noite, Lula e Dilma caminharam ao lado de 52 mil pessoas, de acordo com a Polícia Militar. Sem citar o adversário, Aécio Neves (PSDB), a petista fez críticas  aos anos da gestão do PSDB a frente do governo federal e ao programa econômico do PSDB. “Hoje, este país não se ajoelha mais diante do FMI (Fundo Monetário Internacional). Quando os tucanos governaram, o Brasil era devedor de joelhos. Eles plantam inflação para colher juros. Este país deixou de ser a 13ª economia do mundo pra virar a sétima maior economia do mundo”, apontou a Dilma já a noite em Recife.
No comício, o Presidente Lula acusou Aécio de ser “mal-educado” e “filhinho de papai”, após o candidato dizer que Dilma havia mentido e sido leviana, em debate na televisão. “Onde estava o outro candidato quando Dilma, com apenas 20 anos, colocava a vida em risco pela liberdade? Ele (Aécio) estava aprendendo a ser tão grosseiro, tão mal-educado. Isso só podia ser feito por um filhinho de papai. Um nordestino jamais faria isso”, afirmou o petista.
E continuou: “Eu digo a eles que são mais intolerantes do que nós, querem acabar com a nossa presidenta, chamar ela de leviana.Eu, que já disputei muitas eleições, nunca vi um comportamento tão agressivo. A Dilma não tem que dar satisfação ao Aécio, ela tem que dar satisfação ao povo brasileiro”.
Lula também voltou ao assunto preconceito ao lembrar a declaração do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), de que os eleitores do PT seriam menos informados.
“Lamento que um ex-presidente, sociólogo, diga que nós, nordestinos, somos desinformados. Votamos na Dilma porque somos um povo consciente. Votamos, sobretudo, porque não esperamos ordem do FMI para nos dizer o que fazer”, condenou Lula.
Ao comentar a sugestão da revista inglesa The Economist aos eleitores brasileiros de votar no candidato do PSDB, Lula enfatizou: “ a The Economist dizia que o povo brasileiro tinha que votar no outro candidato. O que a The Economist acha que a gente é? Que eles podem dar ordem e a gente responde? Será que perderam o juízo? Nesta eleição ou vota no candidato do banqueiro ou vota no candidato do brasileiro”, encerrou.
Abaixo outras frases de Lula e Dilma em Recife:

Lula:

Nós votamos na Dilma, porque queremos mais universidades, mais emprego, mais salário, mais Pronatec, pelo pré-sal;
Nós aprendemos a ter dignidade, esperança, a acreditar em nós mesmos;
Sei que ainda há muito a fazer nesse país. Mas foi esse nordestino retirante que teve a decência de lembrar do Nordeste pela primeira vez;
Seria bom se ele (Aécio) não tivesse voto aqui. Ele nunca se lembrou do Nordeste;

Dilma:

Eu enfrento a mais disputada eleição presidencial;
Eu estou em um estado de homens e mulheres conscientes, lutadores, com uma história política de reconhecimento;
Em 2003, começou a certeza de que o brasileiro tivesse voz e vez, tivesse reconhecido o direito ao emprego, ao salário decente;
Em 2003, começou a reconhecimento do direito do trabalhador colocar seu filho na universidade;
Vamos lembrar que os tucanos são aqueles que proibiram a construção de escolas técnicas no nosso país;
Em 8 anos, os tucanos fizeram 11 escolas técnicas. Eu e o Lula fizemos 422 por todo o país;
Vamos lembrar que eles conseguiram bater o recorde de desemprego nesse país, em 2001 e 2002;
Eles entregaram uma herança maldita para o Lula: mais de 11 milhões de brasileiros desempregados;
Nós, desde 2003, criamos 20 milhões de empregos. No meu governo, são mais de 5 milhões;
Nós nos orgulhamos do desenvolvimento de Pernambuco e de todo o Nordeste;
Nós tiramos o atraso promovido pelo governo dos tucanos no Nordeste;
Eu tenho muito orgulho da parceria que construiu em Pernambuco oportunidades de trabalho, infraestrutura, MCMV, Mais Médicos;
Hoje, nós estivemos em Goiana, visitando a unidade da Fiat. Uma trabalhadora me agradeceu pela filha estudar na Alemanha;
Hoje, o filho do trabalhador pode ser engenheiro, pode ser doutor!;
O Brasil saiu do Mapa da Fome da ONU, depois de séculos de sofrimento;
Eu tenho um pedido: não deixem esse país ir pra trás;
Vamos mostrar que o Brasil tem mulheres e homens de coragem e fé. Um beijo no coração.

Fonte-conversa