A Epifania é a
solenidade da manifestação de Deus a todos os povos, representados pelos magos
que seguem a Estrela Nascente. Quase chegando ao fim do tempo do Natal,
celebramos o amor de um Deus que em seu Filho deseja revelar-se a todos.
À primeira
vista, pode parecer estranho que, desejando revelar-se a todos, Deus se encarne
numa criança indefesa, na cidadezinha sem importância de Belém, entre gente
simples e humilde. Deus não se revela triunfalmente, com sinais espetaculares.
Ele faz nascer uma estrela, a indicar o caminho até seu Filho. E o que é essa
estrela, senão o presente divino ao desejo humano de encontrar o próprio Deus?
Deus não se impõe à nossa liberdade, pois ele é a própria liberdade, que se
propõe ao nosso desejo de eternidade, ao nosso desejo de encontrar o Senhor e
criador.
Ainda hoje a
estrela divina está aí a nos guiar até Jesus. E somos agraciados, pois
conhecemos hoje algo que os magos de então não conheciam: o ministério e a
proposta de Jesus. Seguindo essa proposta do Senhor, outras pessoas nos indicam
o caminho até ele. Em cada gesto de bondade e de vida, podemos reconhecer a
estrela-guia. E assim somos chamados a reconhecer os sinais que nos conduzem ao
nosso Deus encarnado. E, ao mesmo tempo, a oferecer ao mundo, com nossa própria
vida, sinais de sua presença em nosso meio.
Os presentes
dos magos também nos indicam quem é o menino recém- nascido e nos ajudam a
compreender sua missão. O ouro indica que ele é o verdadeiro rei, diferente dos
reis da terra, pois Jesus vem instaurar o reinado de Deus pelo perdão e pela
justiça. O incenso indica que ele é Deus e como tal deve ser adorado, em seu
infinito poder de amar e dar a vida. A mirra indica a natureza humana de Jesus,
Deus que se encarna, assume á condição humana, sofre até as últimas
consequências e dá a vida na cruz.
E nós, onde e
quando temos encontrado o Senhor? E quais presentes temos oferecido a ele?