quarta-feira, 19 de setembro de 2012

CUIDADO: BANDIDOS NO FACEBOOK

Tribunal de Justiça (TJ) acabou com a farra existente em presídios de Rondônia, quando apenados passaram a ingressar em redes sociais, como o Facebook. Eles mandavam mensagens e tinham agentes penitenciários entre “amigos”. Não que os presos tenham amizade com quem deveria vigiá-los. “Amigos” é como o Facebook classifica os contatos. Mas mesmo assim, pegou mal.

Funcionários do TJ encontraram inicialmente o endereço de um apenado no Facebook. Ele usava o nome de guerra. A partir de então passaram a verificar sua rede de contatos e foram pesquisando diversos endereços. Constataram que a rede social havia se expandido pelos presídios.

Os apenados entravam na rede social por telefone celular, conforme foi apurado. Trocavam mensagens e se cumprimentavam. Havia um com o nome de Marcão do Nacional, um bandido condenado a 30 anos de cadeia, dentre outras por matar a esposa e o filho, e também a amante e o filho. No caso de Marcão do Nacional, já se sabe que outra pessoa escrevia para ele as mensagens no Facebook, já que o bandido é analfabeto. Agora ele fica sozinho em uma cela e sempre que é levado à Vara de Execuções Penais precisa estar acompanhado por quatro policiais militares.

Há algum tempo Marcão do Nacional tinha um companheiro de cela. Através de uma “Teresa”, como é chamada aquela espécie de corda feita com lençóis, outros apenados lhe enviaram um bilhete. Como não sabe ler, ele pediu ajuda ao colega de cela, que olhou o bilhete e respondeu aparentemente tranquilo que não era nada de mais. Na verdade, no bilhete estava escrito que Marcão do Nacional deveria matar o colega de cela.

Marcado para morrer, o outro apenado sabia que era questão de tempo para que encontrassem outra maneira de avisar o assassino. Assim, durante a noite ele ficou nu e se ensaboou todo. Magro, conseguiu passar pelas barras de ferro e correr até os agentes penitenciários pedindo socorro. Agora a farra de apenados no Facebook terminou e o assunto deu muito o que falar, internamente.