sábado, 9 de outubro de 2010

Major se envolve em acidente e ameaça mulher com um revólver

Um major da Polícia Militar ameaçou uma mulher com uma arma após se envolver em um acidente de trânsito na Avenida Rio Branco, Bairro do Recife, na noite desta sexta-feira (8). Segundo testemunhas, a vítima estava em um veículo com duas crianças e acabou trancando o major Enéas Cantarelli Júnior, 46 anos, que trafegava em uma moto. Irritado, o policial sacou o revólver para impedir que ela deixasse o local. O mesmo PM já é investigado por ter supostamente atirado dentro da boate Downtown, em maio deste ano.

O acidente ocorreu a poucos metros da Delegacia da Rio Branco, pouco depois das 18h, onde vítima e policial foram parar após a confusão. Um agente da delegacia afirmou que o oficial possuía sinais claros de embriaguez e chegou a bater boca com a delegada Marta Virgínia e com policiais civis daquele distrito. Para tentar contornar a situação, o coronel Gilvandir Ferreira, comandante do 16º Batalhão da Polícia Militar, se dirigiu ao local.

Nenhum dos envolvidos falou com a imprensa. A mulher ameaçada chorava muito no momento da chegada dos jornalistas, mas como não prestou queixa, o major acabou liberado. A delegada também não quis dar declarações sobre o caso. Apenas o coronel Gilvandir falou rapidamente com os repórteres e afirmou que as duas partes entraram em um acordo. Além disso, afirmou que não notou nenhum sinal de embriaguez no oficial.

HISTÓRICO - Esta não é a primeira vez que o major Cantarelli se mete em confusão. Em maio, a Corregedoria-Geral da Secretaria de Defesa Social instaurou procedimento administrativo para investigar o oficial. Na ocasião, Enéas Cantarelli se envolveu em uma briga dentro da boate Downtown. Em seguida, ele saiu do local e voltou armado. O major queria que as luzes fossem acesas e o som desligado para que ele procurasse as pessoas que o teriam agredido. Na confusão, um tiro foi disparado, mas ninguém ficou ferido.

As testemunhas da confusão contaram que o major começou o desentendimento ao usar o celular para fotografar uma mulher comprometida. O acompanhante da mulher teria se irritado e jogado um copo no oficial.

Várias equipes da PM compareceram ao local, mas o major deixou a casa noturna acompanhado por um amigo. Duas horas depois, o oficial foi à Delegacia de Plantão de Santo Amaro e registrou uma queixa por agressão.

No boletim de ocorrência, Enéas Cantarelli relatou que foi atacado por quatro homens dentro da boate. Os desconhecidos teriam atirado copos e garrafas no rosto do militar. Ao chegar à delegacia, o major tinha cortes na face e na boca.

De acordo com o corregedor-auxiliar da Secretaria de Defesa Social, coronel José Siqueira, uma comissão foi instaurada para investigar o caso do disparo na boate. Atualmente, o processo continua em andamento e o militar está à disposição da Polícia Militar para prestar todos os esclarecimentos.

O coronel agregou que, durante o processo, o major fica afastado e impossibilitado de desenvolver suas funções. O coronel, no entanto, afirmou não saber o exato estágio do processo, já que não se encontrava mais na sede da corregedoria.

Enéas Cantarelli já comandou a Companhia Independente de Operações Especiais da PM (Cioe).

Presos rendem agentes penitenciários e fogem de hospital

Quatro detentos que faziam tratamento médico no Hospital de Pronto-Socorro de Juiz de Fora, na Zona da Mata, aproveitaram um momento de distração dos Agentes Penitenciários que faziam a guarda da sala em que estavam e fugiram pela porta da frente da unidade de saúde na noite dessa quinta-feira (7). De acordo com a Polícia Militar, os suspeitos renderam os agentes, tomaram as armas que eles usavam e fugiram do local a pé.

Os quatro homens foram perseguidos por policiais militares depois de fugirem por um terreno baldio da região. Três deles foram recapturados em um matagal pouco mais de duas horas depois da fuga. O quarto detento teria feito um taxista refém, obrigado a vítima a deixá-lo em um bairro afastado e ainda não foi localizado.

Os presos recapturados foram levados ao Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) de Juiz de Fora. As circunstâncias da fuga serão investigadas pela Polícia.