terça-feira, 8 de junho de 2010

Fifa faz apelo para ter Mandela na abertura da Copa


O presidente da Fifa, Joseph Blatter, tem feito apelos pessoais, por intermédio de amigos comuns a Nelson Mandela, para que o grande líder da África do Sul compareça à cerimônia de abertura da Copa do Mundo, na próxima sexta-feira, no Soccer City.

A presença de Mandela ainda não foi confirmada, a três dias do jogo inaugural entre África do Sul e México. A família alega a idade avançada e a saúde precária como razões públicas, o que não deixa de ser relevante para quem completa 92 anos no dia 18 de julho.

Nos tensos bastidores, no entanto, afloram também descontentamentos de Mandela e família com a organização do evento. A presença do ex-presidente no estádio daria o aval para os atos do governo e do comitê organizador.

Ambos são criticados por desmandos, ganância e corrupção. Membros da família de Mandela consideram esses atos indignos do legado original proposto por Mandela quando lutou pela primeira Copa num país africano.
No enredo que por enquanto separa Mandela da abertura de um dos maiores eventos esportivos do mundo há versões desconexas, silêncio de políticos e organizadores e um grande nervosismo nos bastidores envolvendo a Fifa e até patrocinadores do evento.

O governo sul-africano, o Comitê Organizador local, a Federação de Futebol Sul-Africana e a Fifa chegaram a confirmar a presença. O presidente da entidade máxima do futebol chegou até a fazer uma declaração pública de que espera contar com Mandela no dia 11 de junho.

Médicos da CIA fizeram experiências com presos


Médicos americanos fizeram experimentos com prisioneiros suspeitos de terrorismo e interrogados pela CIA após o 11 de setembro, revela um relatório publicado nesta segunda-feira pela organização Physician for Human Rights (PHR), que pede a abertura de uma investigação.

A organização de médicos em defesa dos direitos humanos, que se apoia em documentos públicos, afirma que profissionais da saúde empregados pela CIA não se contentavam em "vigiar" os interrogatórios de "detidos de forte importância". Também "extraíam conhecimentos gerais com o objetivo de afinar os métodos" para obter informação dos suspeitos.

Tratava-se de "justificar legalmente" estas práticas ante a possibilidade de que os agentes que participavam delas fossem acusados de torturar.

Pelo menos 14 detidos desapareceram das prisões secretas da Agência Central de Inteligência (CIA) entre o fim de 2001 e setembro de 2006 e reapareceram no centro de detenção da base naval americana de Guantânamo, na ilha de Cuba.

Entre eles, pelo menos dois foram submetidos a simulações de afogamento (submarino) e todos foram submetidos a programas de privação de sono, nudez forçada e exposição a temperaturas extremas, segundo os documentos publicados em agosto de 2007 e nos quais se apoia a PHR.

Ainda que a utilização de tratamentos cruéis e sub-humanos tenha sido documentada anteriormente, a PHR afirma que os novos dados evidenciam uma participação ativa dos médicos em investigação e experimentação com detidos sob custódia americana.

"Esses atos podem ser vistos como (...) violatórios dos padrões da ética médica, assim como da lei nacional e internacional", afirmou a PHR.

"Em alguns casos, essas práticas podem constituir crimes de guerra e crimes de lesa humanidade", enfatizou a ONG.

Segundo o relatório, os Estados Unidos elaboraram após os atentados de 11 de setembro de 2001 contra Washington e Nova York uma lista de "técnicas de interrogatório melhoradas", que depois foram amparadas legamente pelo departamento de Justiça, algumas delas até o final da gestão de George W. Bush, em janeiro de 2009.

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