quinta-feira, 18 de março de 2010

Polícia apreende droga em presídio

O Serviço de Inteligência da Secretaria de Ressocialização de Pernambuco (Seres), em conjunto com os agentes da Penitenciaria Juiz Plácido de Souza, em Caruaru, no Agreste pernambucano, apreenderam, na manhã de ontem, 980 papelotes de maconha, 80 gramas do mesmo entorpecente e seis baldes de cachaça artesanal. Além das drogas, foram encontrados quatro celulares com carregadores, seis chuços (arma pontiaguda), sete cachimbos e duas mangueiras para destilar a bebida. Os produtos foram encontrados durante uma revista de rotina nas celas da unidade prisional. Até o momento, a polícia não localizou os presos que estavam com os materiais, mas a investigação vai continuar nesse sentido.

De acordo com o agente penitenciário Sérgio Siqueira, as drogas normalmente entram nas unidades prisionais com os visitantes. “Apesar do nosso cuidado na revista, que é feita com o auxilio do aparelho de raios-x, as pessoas conseguem transpor essa barreira. Estamos sempre tentando descobrir as novas formas de colocarem drogas aqui para dentro. Fazemos um monitoramento diário, mas é uma batalha difícil”, lamentou.

Diferentemente da maconha e dos telefones, a cachaça, as armas e os cachimbos encontrados na Juiz Plácido de Souza foram produzidos dentro da própria unidade. “A bebida é feita com o suco de frutas. Os detentos colocam o líquido para fermentar até que ele chegue ao ponto de consumo. Já as armas e os cachimbos são confeccionados com materiais colhidos pelos presos nas celas”, contou Siqueira.

A produção e a venda de cachaça são atividades consideradas como uma falta grave e impossibilita a progressão da pena do detento pego com o produto. Mais grave que portar ou comercializar a bebida é traficar entorpecente dentro de unidades prisionais. “Quando isso acontece, a pessoa é autuada por tráfico de droga e tem o tempo de reclusão ampliado, já que terá que responder por um novo crime”, explicou o agente penitenciário Sérgio Siqueira.
Fonte - fp