terça-feira, 15 de setembro de 2009

Brasil Terá a Maior Força Naval da América Latina

– Até 2020 o Brasil terá a maior e mais poderosa Força naval da América Latina, equipada com submarinos, fragatas, navios leves, corvetas – um volume estimado em 35 unidades –, além de mísseis de longo alcance, torpedos, aviões e helicópteros de tecnologia avançada. A expectativa é de que em 10 anos o primeiro submarino de propulsão nuclear já esteja pronto, e também definido o cronograma de uma segunda unidade.

Haverá uma 2ª Esquadra, na Foz do Amazonas. A 1ª Esquadra fica no Rio. Foi criada na administração do presidente Floriano Peixoto, há cerca de um século. “A Marinha revitalizada será um grupamento articulado e orgânico, destinado a garantir a negação do uso do mar a presenças hostis, ilícitas, e a promover efeito dissuasivo.

Não estamos interessados em projetar poder”, diz o ministro da Defesa, Nelson Jobim. O novo desenho da Força foi anunciado pelo ministro há duas semanas no Congresso.

O acordo de cooperação militar que os presidentes da França, Nicolas Sarkozy, e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, formalizaram no fim de semana passado, em Brasília, deu início ao ambicioso programa de reaparelhamento.

O pacote envolve a compra e a produção de quatro submarinos convencionais, da classe Scorpéne, de 1.800 toneladas, mais a parte não nuclear de um modelo de propulsão atômica.

As operações estão associadas à construção de um novo estaleiro e uma base operacional. Essa fase vai custar 6.790.862.142, cerca de R$ 20 bilhões, com desembolso até 2024.

O estaleiro francês DCNS terá como parceiro local o grupo empresarial Odebrecht Engenharia. A entrega do primeiro navio está prevista para 2014.

A próxima etapa do Plano de Equipamento e Articulação (PEA), contempla a compra de seis a oito navios de escolta, fragatas de 6 mil toneladas com desenho que necessariamente incorpore tecnologia de furtividade e permita receber sistemas de armas, sensores e recursos eletrônicos.

A operação é semelhante ao programa F-X2, por meio do qual a Força Aérea está selecionando os novos caças de alta tecnologia.

Os primeiros contatos começaram em 2008. O estaleiro espanhol Navantia, o americano Northrop-Grumman Ship, o japonês Hyundai, o alemão Blohm-Voss e o francês DCNS estão dispostos a participar.

Todos aceitam, embora ainda informalmente, as cláusulas mais sensíveis: a compra de um projeto de navio que esteja em operação, a obrigação de execução no País e a reforma do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro para comportar o empreendimento.

O Comando da Marinha está mantendo o programa de contratação de até 27 navios leves de patrulha. Deslocando 500 toneladas e armados com dois canhões, custam, cada um, R$ 44 milhões. Seis foram encomendados ao estaleiro Inace, do Ceará.
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