segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Rebeliões no Complexo Prisional do Curado mataram cinco

Morreu neste domingo (1º) um dos nove detentos feridos no tumulto registrado no Complexo Prisional do Curado, na Zona Oeste do Recife. O auxiliar de chaveiro Paulo da Silva Tavares, 38, chegou a ser encaminhado para o Hospital Otávio de Freitas e foi submetido a uma cirurgia, mas seu estado era grave e ele não resistiu. No sábado (31), outro reeducando havia morrido durante uma confusão no antigo Aníbal Bruno. Desde o dia 19 de janeiro, quando começou a rebelião que durou três dias, cinco pessoas já morreram, entre elas, um sargento da Polícia Militar.
O boletim médico com a situação dos outros feridos no tumulto do domingo é esperado para às 8h30. Em nota enviada na noite de ontem, a Secretaria de Ressocialização de Pernambuco (Seres) informou que o estado de saúde Paulo Tavares seria o mais preocupante e que outros reeducandos, que também precisavam de atendimento, foram levado para Unidades de Pronto Atendimento (UPA). Outros presos, com ferimentos leves, foram socorridos na enfermaria do próprio presídio.
No sábado (31) um detento foi morto e outros quatro ficaram feridos no tumulto que começou após atrasos na entrada de familiares, que, do lado de fora, tentaram forçar o portão de acesso ao prédio. Na ocasião, foram usadas armas de fogo porque, segundo a Seres, os reeducandos do Presídio Juiz Antônio Luiz Lins de Barros correram para os portões, em tentativa de fuga.
O domingo começou tranquilo com as visitas dos familiares, mas os tumultos voltaram a acontecer depois de uma confusão entre detentos dos pavilhões P e I, no final do horário de visitas aos detentos Presídio Juiz Antônio Luiz Lins de Barros. Ao todo, nove detentos ficaram feridos durante a incidente, que, segundo denúncias, teria sido motivado pelo término do horário de visitas minutos mais cedo que as 15h30, o que teria revoltado os internos e começado o tumulto. Teria sido neste momento em que grupos rivais se desentenderam, mantendo a tensão no complexo penitenciário por cerca de quatro horas.

Fonte-DP