sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Com problemas judiciais, 43 dos 132 aprovados não podem ser nomeados

Nomear novos Agentes Penitenciários é uma das promessas do Governo de Pernambuco para aumentar a segurança no sistema carcerário do estado e evitar rebeliões como a que eclodiu no Complexo Prisional do Curado, nesta semana. No entanto, dos 132 candidatos que concluíram o curso de formação em dezembro, 43 estão sub judice, ou seja, apresentam problemas na justiça. Por isso, não podem assumir o cargo de forma imediata, como havia sido prometido. A informação foi revelada pelo secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, que prometeu checar a situação das contratações com a Secretaria de Administração do Estado (SAD).
Os 132 agentes que esperam pela nomeação foram aprovados no último concurso realizado para a classe, em 2009. Foram mais de dois mil aprovados na seleção, mas a primeira turma de candidatos só foi chamada para o curso de formação no segundo semestre do ano passado.
As aulas duraram três meses e acabaram em dezembro do ano passado. Foram 132 aprovados que deixaram os empregos anteriores para prestar a formação, mas ainda aguardam a convocação do estado.
O grupo esteve na Secretaria de Ressocialização (Seres) na manhã desta quinta, mas continua sem saber quando vai começar a trabalhar. “A expectativa é grande. Estamos prontos para trabalhar e preparados para ajudar a qualquer hora”, admite Silvio Tadeu de Araújo, um dos aprovados.
Os Agentes Penitenciários efetivos também aguardam a nomeação com ansiedade. Na terça-feira (20), durante a rebelião dos detentos do Complexo Prisional do Curado, o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, João Carvalho, revelou as dificuldades enfrentadas pela classe. O déficit de profissionais é a maior queixa. Segundo ele, faltam mais de quatro mil Agentes para que o efetivo fique completo. Por isso, apenas quatro ou cinco oficiais costumam ficar de plantão nas unidades prisionais e, para complicar esse quadro, cerca de 60% das guaritas ficam desativadas por falta de PMs.
Fonte-globo