O
ato, que seguiu pela Avenida Agamenon Magalhães, deixou o trânsito complicado
no sentido Boa Viagem - os integrantes caminharam na contramão do fluxo de
veículos. Um bloqueio foi montado na altura do Shopping Tacaruna, por volta das
18h, o que obrigou os motoristas a seguirem ao Centro pela avenida Cruz Cabugá.
Agentes da CTTU e do BPtran monitoraram o tráfego na via. Em frente à sede
provisória do Governo, cerca de 30 seguranças formaram uma barreira e fecharam
a entrada do Centro de Convenções.
Desde
às 13h, militares e bombeiros se concentraram na praça do Derby, na região
central do Recife, local onde fica localizado o quartel-geral da corporação.
Sempre entoando palavras de ordem, a categoria seguiu em passeata pela avenida
Agamemon Magalhães rumo ao Centro de Convenções. No caminho à sede do Governo,
os cerca de 500 profissionais presentes se uniram aos policiais civis e agentes
penitenciários - que seguiram pela avenida Norte -, participantes do ato da
campanha nacional, que poderá culminar em uma greve geral das categorias, no
próximo dia 7 de setembro.
Munidos
de apito, nariz de palhaço, carro de som e vestidos de preto, os agentes
penitenciários se reuniram em frente à sede da Secretaria Executiva de
Ressocialização (Seres), na Rua do Hospício. O encontro das três categorias
aconteceu próximo ao viaduto da Avenida Norte.
Os
policiais civis reclamam de sucateamento dos equipamentos, baixo efetivo e
pedem aumento das gratificações por risco de vidas, além de ganho salarial. Já
os militares lutam pela aprovação das PECs 300 e 102. A primeira visa a criação
de um piso salarial nacional para os agentes civis e para os policiais e
bombeiros militares, enquanto a última quer desmilitarizar a PM. Segundo o
Sinpol, a greve nacional pode ser deflagrada caso o Congresso Nacional não
aprove a Proposta de Emenda Constitucional 300.
Assim
como os civis, os agentes penitenciários reclamam do baixo efetivo da
categoria. De acordo com a classe, há aproximadamente 30 mil presos no sistema
carcerário do Estado, sob a responsabilidade de apenas 1,4 mil agentes.
Comparando com a Paraíba - segundo dados do sindicato dos agentes -, por
exemplo, há 8 mil detentos e 1,8 mil profissionais de segurança atuando nos
presídios.
A
Associação de Praça, Policiais e Bombeiros Militares de Pernambuco alegou que o
Governo do Estado teria exigido que os policiais que largam as 13h
permanecessem de prontidão durante o ato desta quinta-feira. O objetivo,
segundo a categoria, é enfraquecer a participação da PM no movimento. "É
uma tristeza que isso aconteça. Os comandantes dos batalhões pediram para que
os policiais ficassem de prontidão", lamentou o sargento Ricardo Lima,
presidente da instituição que representa os militares.
Fonte-folha