domingo, 4 de dezembro de 2011

PODE ATÉ NÃO FAZER A DIFERENÇA, MAS SEI QUE TÔ FAZENDO DIFERENTE.

Fui surpreendido hoje com a colocação de uma futura colega de trabalho, “ vou estudar pra passar em um outro concurso, Segurança Publica não dá pra mim não...”, isso antes de ter sua aprovação em um concurso público homologada e, consequentemente antes de ser nomeada. Rebati dizendo: “Há! Mas às vezes quando ‘entramos’ mudamos de idéia...” na tentativa de ‘defender’ minha mais sólida escolha profissional, dentre três, e a de maior investimento até o momento, seja em carga horária, em estudo e a de maior parcela no meu orçamento.
Foi quando ela veio me mostrar que estava embasando o seu raciocínio em bases mais sólidas e racionais, ela falou: ”O negócio (Segurança Publica) é um câncer. Vem corrompido de cima pra baixo, tudo contaminado”. Beleza! Levei o primeiro 'jab'. Acordei: “você acredita que fazendo coleta seletiva do seu lixo doméstico está realmente contribuindo para com o Meio Ambiente?”. Em outras palavras eu estava perguntando: se numa rua de 30 casas, e apenas uma fazendo coleta seletiva, isso vai realmente salvar o planeta? A resposta é não! lógico!, mas aquela casa estará fazendo a sua parte. Ao conseguir transpassar 10 anos de Sistema Penitenciário sem me corromper, ao ver uma boa parte dos meus colegas também se mantendo íntegros, não sendo afetados nem pela corrupção, nem pela ‘desvontade ‘de realizar o serviço público, isso motiva a fazer a minha parte. É doloroso receber a notícia que um (não vou defini-lo nem como colega, muito menos como companheiro, motivos óbvios) foi pro outro lado, mas confesso que isso fortalece os que tentam permanecer no caminho correto, no caminho ético.

Veio então com outro argumento, agora de cunho pessoal: “não conseguiria conviver vendo tanta coisa errada sem poder fazer nada.”. Como bom jujiteiro, defendi e puxei o braço livrando o armlock, e já fui dando pressão na guarda: “Mas vivemos em um mundo onde as coisas erradas estão mais expostas do que os outdoors do viaduto Joana Bezerra. Ou você acredita que todas aquelas vagas azuis, destinadas aos idosos e deficientes físicos dos shopping’s, estão realmente ocupadas por idosos e deficientes físicos?” Isso só pra exemplificar uma ‘pontinha’ do nosso caos social. Conheço pessoas que já discutiram nos estacionamentos ao verem pessoas sem nenhum dos pré requisitos para ocuparem a vaga, descerem do carro e irem tranquilamente fazer compras, (ou assistir algo numa sala do Multiplex, onde, muito provavelmente , verá na telona a organização e a cultura dos Anglo Saxônicos, ou de algum país la de cima do equador, do outro lado do Atlântico, e dirá: isso é que é país, o Brasil é uma vergonha mesmo!).
Realmente, é revoltante. Mas precisamos daqueles que não se acomodem não se conformem, e arregaçam as mangas e lutem pelo que acreditam ser correto.

Falo isso porque o Sistema, realmente, é entupido de coisas erradas. Não preciso de ninguém pra vim em dizer isso, eu sei, eu vivencio o Sistema. Mas o que muita gente não sabe, é que o celular que entra no presídio NÃO passa pela conivência da maioria dos que ali trabalham, muito pelo contrário. Boa parte dos nossos companheiros NÃO fecha os olhos para que ilícitos entrem nos presídios. Vibramos quando, em revistas nas Unidades Prisionais conseguimos apreender pedras e mais pedras de CRACK, celulares, carregadores, bebidas alcoólicas industrializadas, etc.
A primeira pergunta que nos fazem é: como foi que isso entrou aqui? Alguns atestam que somos idiotas em festejarmos nossa comprovação de uma categoria corrupta. Entendo a indagação, e essa é muito pertinente e racional. Traduzo então que vibramos com as apreensões, porque na essência da alegria está o resgate de uma derrota, conseguiram nos driblar na entrada (nos enganar, podem até ter corrompido um dos nossos, mas não todos, não a maioria), corremos atrás e derrubamos a parada lá dentro, botando a cara.
Detalhe:  sei que essa colega deverá passar em um outro concurso sim, e até incentivo, só queria deixar claro é que onde quer que estivemos temos que acreditar no certo, ter atitude e compromisso. Quando tento colocar o meu tijolo  PODE ATÉ NÃO FAZER A DIFERENÇA, MAS SEI QUE  TÔ FAZENDO DIFERENTE.

Por Leonardo Lira

Operação Lei Seca

Um total de 462 veículos foram vistoriados, 440 motoristas submetidos a testes com o bafômetro, 44 multas aplicadas e dois carros rebocados. Este é o balanço da primeira noite da nova fase da Operação Lei Seca iniciada ontem em Pernambuco. Os dados foram divulgados esta manhã pela Secretaria Estadual de Saúde (SES).
Entre os motoristas abordados, cinco apresentaram consumo de álcool acima do limite estabelecido pela Lei, que é de 0,2 gramas de álcool por litro de sangue. Desses, quatro apresentaram até 0,33 gramas de álcool por litro de sangue, tiveram a carteira recolhida, foram multados e liberados após a chegada de condutores aptos. Um dos abordados teve teor acima de 0,33 gramas, considerado crime. Esse, além de multado e com a carteira recolhida, foi levado à delegacia para que fosse lavrado o flagrante. Durante as blitz, 22 motoristas se recusaram a fazer o teste do bafômetro. Todos tiveram a carteira apreendida e sofreram aplicação de multa.
As blitz, coordenadas pela secretaria Estadual de Saúde, com apoio do Detran-PE e Polícia Militar, foram feitas em seis bairros do Recife e Jaboatão dos Guararapes: Boa Viagem, Piedade, Jaqueira, Aflitos, Torre e Santo Amaro. Os pontos itinerantes foram escolhidos de acordo com dados estatísticos das secretarias estaduais de Saúde (SES) e de Defesa Social (SDS). As seis equipes de 11 integrantes são formadas por policiais militares e agentes do Detran, além de técnicos da SES e educadores que foram vítimas de acidentes de trânsito.