sábado, 19 de março de 2011

GOVERNO DE PERNAMBUCO NÃO RESPEITA ACORDO E AGENTES PENITENCIÁRIOS AMEAÇAM GREVE

PLENÁRIA SETORIAL NAS UNIDADES PRISIONAIS

A FINALIDADE DESTAS PLENÁRIAS SETORIAIS SERÁ SUBSIDIAR A ASSEMBLEIA DO DIA 1º DE ABRIL. NESTE DIA DELIBERAREMOS ACERCA DAS AÇÕES DA CATEGORIA RELATIVAS AO CUMPRIMENTO OU NÃO DO ACORDO COLETIVO ASSINADO PELO GOVERNO EM 2010, COM PRAZO FINDO AGORA EM 31 MARÇO. DEPENDENDO DA SITUAÇÃO, NESTE DIA, PODEREMOS ELEGER O 1º DE ABRIL – DIA DA MENTIRA – COMO A DATA COMEMORATIVA E FESTIVA DO GOVERNO EDUARDO CAMPOS. COMO TAL DEVEREMOS HOMENAGEÁ-LO, MOSTRANDO NOSSA INDIGNAÇÃO E À SOCIEDADE A DESFEITA COM QUE VEM TRATANDO OS AGENTES PENITENCIÁRIOS E COMO PERJUROU NO CUMPRIMENTO DE SUA PALAVRA.

  Lamentavelmente, após diversas reuniões e participação de discussões dentro do Fórum de Servidores coordenado pela Central Única dos Trabalhadores - CUT, não nos restam dúvidas de que o Governo do Estado não honrará seu compromisso com a categoria. Desta forma não temos alternativa, senão, prepararmo-nos para o embate. Ano passado nós levamos um banho, assim como diversas outras categorias, mas este ano vai ser diferente. Vamos desde já nos mobilizar para o que virá adiante. O Governo quer problema com os agentes penitenciários, o Governo terá problemas.

As estratégias de luta já estão sendo montadas e neste processo cada unidade, cada setor, cada agente penitenciário é fundamental para a nossa vitória. O Programa de Governo “Pacto Pela Vida” a menina dos olhos do Governador, só funciona pelo sacrifício individual dos servidores, e neste contexto estão os agentes penitenciários, que apesar de contribuírem com Pacto Pela VidaNão recebem o prêmio PDS, nem o devido reconhecimento.

Vamos trabalhar estritamente na legalidade e só entrar nas unidades prisionais para conter as rebeliões, assassinatos e motins quando houver efetivo suficiente e equipamento adequado, ninguém é obrigado a conter uma cadeia com 1.000, 2.000, 4.000 presos somente com 4 ou 5 agentes, com o risco desnecessário das próprias vidas. Os índices de violência subirão colocando a pique o programa de referência do Governo. Quero ver se sem o nosso sacrifício ele se sustenta. Vamos dar a resposta que o Governo merece, vamos ver se desse jeito ele permanece com 82% de aprovação por muito tempo. A aprovação do governo como muitos pensam não é da pessoa do Governador, mas do conjunto de ações desempenhadas pelos servidores públicos, verdadeiros trabalhadores e realizadores dos programas governamentais que atendem à sociedade.

Do jeito que as coisas estão acontecendo é muito cômodo ao gestor; temos sido extremamente exigidos. Somos Regidos pelo Estatuto do Policial Civil, somos aprisionados pela Lei do Silêncio, estamos nas ruas para fazer “marketing” para o Governo enquanto isso o efetivo de nossas unidades se encontra desfalcado. Contribuímos para a redução da criminalidade com apreensão de drogas e ilícitos, redução de homicídios nas unidades prisionais do Estado, mas não somos reconhecidos no nosso trabalho.

    
        Março esta findando vamos responder em alto e bom tom, com tudo que está engasgado em nossas gargantas desde 2010, está chegando à hora da revanche. Se não querem resolver no diálogo vamos buscar outros meios que garantam nossos diretos constitucionais, afinal ninguém está acima da lei.


Preso é autuado em flagrante por tráfico de crack dentro do Presídio Aníbal Bruno


Um detento do Presídio Professor Aníbal Bruno, que fica no bairro do Sancho, Zona Oeste do Recife, foi autuado em flagrante, na noite desta sexta-feira (18), traficando crack dentro da unidade prisional. José Ermílio Francelino da Silva Júnior, de 23 anos, estava detido há mais de um ano e cumpria pena por roubo.

Durante revista realizada por agentes penitenciários, ele foi surpreendido com um aparelho celular, R$ 4 mil em espécie, várias pedras de crack, uma balança de precisão, além de substâncias que potencializam o efeito da droga. O suspeito foi encaminhado para a Delegacia de Plantão da Várzea onde presta depoimento. Além de roubo, ele vai responder por tráfico de drogas. A polícia investiga como o material foi parar nas mãos do detento.