sexta-feira, 5 de março de 2010

Caso Alcides
Pedro Eurico vai ao presidente do STF

O caso Alcides está longe do fim. Tanto no campo policial, já que um dos suspeitos de assassinar o estudante de biomedicina, João Guilherme Nunes da Costa, 28 anos, continua foragido, quanto na polêmica. O embate entre o juiz da 1ª Vara de Execuções Penais, Adeildo Nunes, e o deputado estadual Pedro Eurico permanece. O parlamentar se reúne hoje a tarde com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, e disse ontem ao Diario que tem cartas na manga.

A reunião, confirmada na última sexta-feira por Gilmar Mendes, será exclusivamente para tratar sobre o caso de Alcides do Nascimento Lins, 22 anos, morto a tiros no último dia 5 de fevereiro. Pedro Eurico preparou um documento robusto para apresentar ao ministro. São mais de 246 páginas. Cento e quarenta delas é só do processo do João Guilherme Nunes da Costa. O deputado vai questionar mais uma vez a progressão de pena, concedida pelo Juiz Adeildo Nunes ao preso. Ele quer que o CNJ também investigue a passagem do sistema fechado para o semi-aberto de João Guilherme.

"Apesar da corregedoria ter considerado o processo legal, eu discordo. Acredito que a progressão de pena foi equivocada. Faltou que o juiz se municiasse de mais informações para conceder o benefício", disse Pedro Eurico, afirmando que sua briga não é com a pessoa de Adeildo Nunes, mas com a decisão da progressão de pena para um preso que já havia fugido. Após passar para o regime semi-aberto, João Guilherme, o Guigo, fugiu com mais três presos da Penitenciária Agroindustrial São João e nove dias depois teria participado, segundo informações da polícia, do assassinato do estudante de biomedicina. As acusações de Pedro Eurico já resultaram no afastamento do diretor da unidade prisional, Eriston Carlini.
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Tribunal de Justiça contrata mão de obra de detentos

Presos que estão em liberdade condicional foram contratados pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco - primeiro do País a contratar esse tipo de mão de obra. O trabalho começou na última quarta-feira (3), no fórum Rodolfo Aureliano, na ilha de Joana Bezerra, no Recife.

O ônibus chegou com 25 homens que estão indo trabalhar na Justiça de Pernambuco. Todos são presos sob liberdade condicional, ou seja, saíram dos presídios por bom comportamento e porque já cumpriram metade ou dois terços da pena.

Eles começaram o dia ouvindo o juiz, que falou da oportunidade que está sendo dada a eles. Em seguida, mãos à obra - a maioria vai trabalhar na limpeza.
Fonte - globo