domingo, 7 de fevereiro de 2010

Agentes flagraram buraco em presídio

Os dois agentes penitenciários que registraram boletim de ocorrência sobre buraco aberto na tela que deveria separar presos e advogados na sala de atendimento do Presídio de Segurança Máxima, em Campo Grande, registraram na manhã de ontem, às 8h20 boletim de ocorrência após serem ameaçados pelo detento envolvido do escândalo.

De acordo com o registro, feito na 3ª Delegacia de Policia da Capital, os agentes já vinham sendo perturbados pelo interno Aelinton Amaro Pinto, de 27 anos, conhecido como “Playboy”, apontado pela Polícia como um dos líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital) em Mato Grosso do Sul.

Nesta manhã, quando os agentes saíam do plantão, encontraram o interno no corredor do presídio. Não há detalhes sobre o que ele estava fazendo no local.
Quando se cruzaram, o preso teria feito ameaças aos dois.

Na versão dos agentes, o detento chegou a afirmar que tinha R$ 250 mil fora do presídio que seriam usados para "atingir" os dois e as famílias deles.

De acordo com o registro, o preso disse ainda que fora do estabelecimento penal eram eles (do PCC) quem mandavam.

Extremo - Na última quinta-feira (4) o detento acusado de fazer a ameaça foi flagrado pelos agentes em “atos libidinosos” com a advogada dele.

Por meio de um buraco que havia na tela, ele colocou a mão esquerda dentro da blusa da advogada e usou a direita para se masturbar.

Depois disso, Aelinton foi colocado em regime disciplinar diferenciado, no isolamento, sem contato com outros presos ou com a advogada.

O buraco na tela era conhecido pelos detentos como “internet”, porque deixava os presos em contato com o mundo externo. Por ele seria possível, por exemplo, passar drogas e aparelhos celulares.

Na ocasião, o diretor do presídio alegou que já havia solicitado orçamento para substituir o arame por vidro, mas apenas reparos foram feitos pelos próprios detentos, mas com alvenaria.

Após o escândalo, a OAB/MS informou que fará visita ao presídio na próxima semana, e que já havia comunicado o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) sobre problemas da Máxima.
Fonte - news